ANVISA quer abolir remédios para emagrecer
O emprego de remédios emagrecedores no tratamento da obesidade está por um fio. A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) quer abolir de uma vez por todas a comercialização de todas as drogas empregadas para emagrecer que atuam no sistema nervoso central, tais como: a sibutramina e os derivados de anfetamina (femproporex, dietilpropiona e mazindol). A única droga que continuará liberada será o orlistate (Xenical), que age diretamente no intestino, reduzindo em cerca de 30% a absorção de gordura.
Perante estudos que apontam que o consumo de sibutramina aumenta o risco de problemas cardíacos, desde o ano passado a ANVISA impôs novas normas e fortaleceu os critérios de venda dessa substância. E uma das estratégias utilizadas foi a inclusão deste medicamento na categoria dos anorexígenos, drogas que exigem receita especial.
A proposta de proibir os emagrecedores já foi anunciada a especialistas e entidades médicas da área e também foi divulgada no site da agência, junto com um parecer explicando os motivos.
O principal argumento que a ANVISA pretende usar na audiência pública para convencer a classe médica de que é melhor proibir de vez o uso deste tipo de droga é de que os benefícios não superam os riscos.
Segundo Dirceu Barbano, diretor da agência, o assunto vem sendo discutido desde o ano passado, quando a União Europeia baniu a sibutramina. Quase nenhum outro país tem sibutramina. As anfetaminas também estão diminuindo. E não há notícia de que isso piorou ou atrapalhou o tratamento da obesidade. Em 2009, foram vendidas no País 67,5 toneladas de sibutramina.
Barbano acrescenta que a ANVISA investigou e concluiu que, por mais que o medicamento seja controlado e indicado apenas para pacientes com determinados perfis, não há evidências satisfatórias que comprovem que a perda de peso supera os riscos cardíacos. A nossa proposta, sustentada por uma vasta pesquisa, é de remoção imediata desses produtos do mercado. A não ser que consigam nos comprovar com dados consistentes que estamos equivocados e esses remédios podem ser utilizados de forma segura.
Fonte na notícia: http://www.crn9.org.br
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